quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
A Máquina a vapor
sábado, 1 de dezembro de 2007
UM TRONO PARA DOIS IRMÃOS
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Independência do Brasil
Pensa e responde...
1. Qual foi a ordem social que apoiou D. Pedro na proclamação da independência do Brasil? Justifica.
Consulta: http://www.junior.te.pt/servlets/Rua?P=Sabias&ID=252
Características da Monarquia Liberal
Constituição - Conjunto de leis principais de um reino/país. Nenhuma outra lei pode contrariar os princípios aí definidos.
Alguns artigos da Constituição de 1822:
D. João [...] faço saber a todos os meus súbditos que as Cortes decretaram [...] e eu jurei a seguinte Constituição política da monarquia portuguesa [...]:
Artigo 1.º - A Constituição política da nação portuguesa tem por objectivo manter a liberdade, segurança e propriedade de todos os Portugueses.
Artigo 4.º - Ninguém deveser preso semculpa formada [...].
Artigo 7.º - Todo o Português tem liberdade para manifestar as suas opiniões.
Artigo 9.º - A lei é igual para todos. [...]
Artigo 29.º - O governo da nação portuguesa é amonarquia constitucional e hereditária, com leis fundamentais que regulam o exercício dos três poderes políticos.
Artigo 30.º - Estes poderes são legislativo, executivo e judicial. Cada um destes poderes é independente dos outros.
Constituição de 1822 (adaptado)
Os deputados das Cortes Constituintes eram, na sua maioria, burgueses e apoiantes das ideias liberais, nascidas da Revolução Francesa. Por isso, a Constituição que elaboraram estabelecia direitos e deveres iguais para todos os cidadãos. Defendia, pois, princípios de igualdade, mas também de liberdade e obrigava à divisão dos poderes do rei.
A LIBERDADE E A IGUALDADE...
Quanto à liberdade, a primeira medida tomada foi a de acabar com o Tribunal da Inquisição, que condenou e torturou pessoas durante três séculos. Os Portugueses passaram a poder dizer ou escrever, sem medo, as suas opiniões.
Passaram, também, a ter a liberdade de escolher através do voto os seus representantes - os deputados.
Quanto à igualdade, os Portugueses seriam todos iguais perante a lei. Acabava assim, por exemplo, o costume de castigar de maneira diferente um homem do povo e um nobre que tivesse cometido o mesmo crime. Também agora, todos tinham de pagar impostos ao Estado.
Contudo, os analfabetos, as mulheres, os frades e os vadios continuavam a não poder votar.
A DIVISÃO DOS PODERES
Na monarquia absoluta, o rei tinha todos os poderes - fazia as leis de acordo com a sua vontade, governava e era o juiz supremo. A Constituição de 1822 estabelecia:
- a soberania da nação: o poder do rei devia submeter-se à vontade dos cidadãos, através do voto;
- a separação de poderes: legislativo, executivo, judicial;
- a igualdade dos cidadãos perante a lei.
A Constituição de 1822 pôs, assim, fim à monarquia absoluta. A forma de governar continuou a ser uma monarquia, mas, o rei tinha de obedecer a uma Constituição que defendia a liberdade e a igualdade. Por isso se chamou monarquia liberal ou constitucional.
PENSA E RESPONDE...
1. Por que razão se diz...
1.1... que na monarquia absoluta o rei tinha muito poder?
1.2... que na monarquia liberal o rei tinha menos poder?
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
O REINO ESTAVA EMPOBRECIDO...
OS INGLESES A MANDAR...
1. Que grupo social se lamentava contra a situação do governo?
AS IDEIAS LIBERAIS
domingo, 11 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
- Ecos da Revolução Francesa em Portugal
Crise em França no final do séc. XVIII
No século XVIII os reis governavam como senhores absolutos em todos os reinos da Europa. (absolutismo - rei tinha todos os poderes, não precisava de convocar cortes pois não queria saber da opinião dos outros membros das ordens sociais, decidia sozinho e fazia o que queria sem dar contas a ninguém, em suma, os reis tinham todos os poderes e todos os grupos sociais lhes deviam obediência). Contudo, o clero e a nobreza eram poderosos e ricos, enquanto a maioria do povo era muito pobre.
No final do século, em França, viveu-se um tempo de grandes dificuldades:
· Maus anos agrícolas sucessivos causaram fome e aumentaram a pobreza do povo;
· A diminuição da produção levou ao encerramento de manufacturas (produzir com trabalho manual) e ao desemprego;
· A consciência da injustiça e de desigualdade acentuou-se devido ao luxo da corte e da nobreza, em contraste com a pobreza de grande parte do povo.
AS IDEIAS LIBERAIS
Homens de espírito revolucionário (grande renovador, inovador, que quer a mudança) defendiam, na imprensa, nos cafés e nas tabernas, que os homens foram criados iguais e todos deviam ter direito à liberdade e à felicidade. Estes Homens tinham “novas ideias”. Defendiam que todos os cidadãos eram iguais perante a lei, isto é, todos tinham os mesmos direitos e deveres. E consideravam que a liberdade era um direito de qualquer pessoa. As ideias resultantes da Revolução Francesa — Liberdade, Igualdade, Fraternidade – espalharam-se rapidamente por toda a Europa, ameaçando os monarcas absolutos.
Os revolucionários lutavam pelo fim dos privilégios da nobreza e do clero, pelo fim da monarquia absoluta e pelos ideais de igualdade, liberdade e fraternidade. Por isso proclamam-se novos Direitos do Homem e do Cidadão. - A Revolução Francesa
A crise, associada às novas ideias, provocou em 1789 uma das mais importantes revoluções da História. O rei Luís XVI e sua mulher, a rainha Maria Antonieta, foram mortos na guilhotina (guilhotina consistia numa estrutura de madeira com uma lâmina afiada no topo que, ao cair, cortava a cabeça das vítimas). Morreram também milhares de nobres e membros da igreja e até muitos revolucionários. Os revolucionários franceses, na sua maioria burgueses e gente do povo, revoltaram-se contra os poderes absolutos do seu rei e contra os pesados impostos e obrigações que lhes eram exigidos pela nobreza e pelo clero.
As leis da monarquia absoluta foram substituídas por uma Constituição. O poder de governar passou a pertencer à Nação, que se fez responder por deputados eleitos por meio de voto. Os poderes legislativo, executivo e judicial passaram a pertencer a órgãos diferentes.
- Novas ideias políticas da Revolução Francesa:
Fim do poder absoluto do rei;
Liberdade;
Lei igual para todos os grupos sociais.
NOTÍCIAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA CHEGAM A PORTUGAL...
As notícias da Revolução Francesa chegaram a Portugal através de embaixadores, causando espanto e medo.
Em Fevereiro de 1793, a rainha D. Maria I ordenou que se fizesse luto durante quinze dias pela morte dos reis de França.
A Revolução Francesa pôs em perigo outras monarquias absolutas na Europa. E alguns reis absolutistas, ao sentirem-se ameaçados, reagiram e declararam guerra à França. No comando das tropas franceses notabilizou-se um militar ambicioso chamado Napoleão Bonaparte, que depois de sucessivas vitórias, foi coroado imperador. O sonho de Napoleão Bonaparte, era conquistar toda a Europa e governá-la como um império. Esta onda de vitórias terminou na célebre batalha de Trafalgar (1805). A armada inglesa, sob o comando do almirante Nelson, derrotou a armada francesa. Apesar deste fracasso, Napoleão conseguiu algumas vitórias sobre outros reinos do continente – Áustria, Rússia e Prússia.
PORTUGAL E O BLOQUEIO CONTINENTAL
Napoleão, não conseguindo vencer pelas armas a Inglaterra, decretou o Bloqueio Continental em 21 de Novembro de 1806, para arruinar a marinha e o comércio da Inglaterra.
Segundo o Bloqueio Continental, os reinos da Europa deviam fechar os seus portos aos navios ingleses, impedindo-os, assim, de comercializar com os reinos da Europa.
Esta medida colocou Portugal numa situação bastante difícil: se Portugal cumprisse o bloqueio, colocaria em risco a velha aliança de comércio existente com a Inglaterra, que poderia mesmo atacar as nossas colónias; se insistisse em manter os portos abertos aos navios ingleses, os franceses e os espanhóis invadiriam o nosso reino.
Portugal decidiu não cumprir o Bloqueio Continental. A Inglaterra, para apoiar Portugal, enviou de imediato uma esquadra que fundeou ao largo de Lisboa.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Marquês de Pombal
"Quando D. José I, em 1750 subiu ao trono, o reino encontrava-se numa grave situação económica.
O ouro que chegava do Brasil era cada vez menos. A agricultura não produzia e as indústrias eram poucas. Comprava-se quase tudo ao estrangeiro.
O povo via com grandes dificuldades. A nobreza e o clero, que tinham recebido de D. João V grandes honras e dinheiros, abusavam do seu poder.
D. José I nomeou para seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo que, durante o reinado de seu pai, tinha sido embaixador de Portugal no reino de Portugal em Viena de Áustria.
Sebastião José de Carvalho e Melo ficou conhecido pelo nome de Marquês de Pombal."
A política pombalina obedece às seguintes caracteristicas fundamentais:
- o Absolutismo - destruir radicalmente todas as forças que podiam de alguma maneira limitar o poder do rei. Essas forças eram por um lado, a nobreza, e daí ele ter liquidado as figuras mais altas da nobreza, que eram o clero, mas sobretudo, os jesuitas, que eram os confessores das pessoas da família real e que dessa maneira tinham um controlo da política do reino. Para impôr toda a sua filosofia, usou de métodos brutais, como é o caso da matança da família Távora. Mandou enforcar todos os membros dessa família, incluindo mulheres grávidas e crianças. Queria mostrar ao povo que quem mandava era ele.
O Marquês de Pombal iniciou um conjunto de reformas para desenvolver o reino e fortalecer o poder absoluto do rei.
Reformas económicas - as actividades económicas enfrentavam grandes problemas. Por isso Marquês de Pombal tentou resolvê-los, fomentando a economia capitalista, através das seguintes medidas:
- apoiou-se sobretudo nas pessoas ricas, a alta burguesia, que tinha nascido do ouro do Brasil. Para proteger a agricultura, a pesca e, ao mesmo tempo desenvolver o comércio, retirou aos comerciantes ingleses, sobretudo aos ingleses, os grandes lucros que tinham do comércio no Brasil e cria grandes Companhias Comerciais que tinham o monopólio (tinham o exclusivo) do comércio de deteminados produtos, em determinadas regiões como, por exemplo, a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro e a Companhia de Pescas do Algarve. Estas companhias tinham como objectivo apoiar a grande burguesia portuguesa para poder competir com os estrangeiros (sobretudo ingleses). Foi criada, também, a região demarcada do Douro, para defender a qualidade da produção do vinho;
- o Marquês de Pombal proíbiu a saída de ouro e prata para o estrangeiro e a importação de artigos considerados de luxo. Desenvolveu a cultura de cereais e introduziu no reino novas culturas. Desenvolvimento da indústria, instalando fábricas (manufacturas) em vários pontos do reino, com o objectivo de aumentar as exportações e diminuir as importações. fundou a primeira refinaria de açúcar, criou fábricas de tecidos, vidro e papel.
Reformas sociais:
- retirou privilégios a algumas casas nobres;
- expulsou os jesuitas, e retirou ao clero o controlo do Tribunal da Inquisição;
- protegeu a burguesia, que ganhou prestígio, poder e infuência;
- proibiu a escravatura no reino, embora se mantivesse nas colónias.
Reformas no ensino - Sem preparação, não se pode trabalhar com qualidade. Por isso, para modernizar o reino, o Marquês de Pombal introduziu reformas no ensino. Criou:
- escolas de instrução primária por todo o reino;
- escolas de ensino técnico em Lisboa e no Porto;
- Colégio dos Nobres, com o objectivo de os preparar para auxiliar na governação do reino;
- o Museu de História Natural, para o estudo da Zoologia;
- o Jardim Botânico, para o estudo da Botânica;
- o Observatório Astronómico, para o estudo da Astronomia;
- o Teatro Anatómico, para o estudo da Medicina;
- reformou a universidade de Coimbra.
Para introduzir essas reformas, o Marquês de Pombal contou com a colaboração dos "estrangeirados", como eram chamados os portugueses que tinham vivido algum tempo no estrangeiro, como ele também vivera. Um destes estrangeirados foi Luís António Verney.
Pensa e responde:
- Imagina que vivias na época do Marquês de Pombal. De que lado estarias: entre os que o amavam ou entre os que o detestavam. Para decidir, tens de vestir a pele dum "grupo social" da época e apresentar argumentos que justifiquem a tua decisão.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
A abolição da escravatura
O reino baseava-se fundamentalmente em duas actividades produtivas: a agricultura e o artesanato.
Nesta altura praticava-se uma agricultura de subsistência, isto é, uma agricultura que apenas se destina ao consumo dos camponeses e das suas famílias, não se destinava ao comércio. Os agricultores abandonavam frequentemente esta actividade para procurar melhores condições de vida, normalmente no litoral ou nos territórios além-mar do império português.
Por outro lado o artesanato também estava pouco desenvolvido, recorrendo-se à importação (compra ao exterior - outros reinos da Europa - os produtos que necessitavamos no nosso reino).
Os tempos de riqueza e prosperidade, no tempo de D. João V, não se deviam à produção no reino de Portugal mas sim ao ouro que vinha da nossa colónia, o Brasil.
Já certamente compreendeste as razões da crise económica no reino de Portugal:
1. diminuição das remessas do ouro vindo do Brasil;
2. fraca produtividade da agricultura e do artesanato no reino;
3. o comércio dos produtos das colónias portuguesas estava, em parte nas mãos de estrangeiros.
D. José I subiu ao trono com 36 anos e herdou esta má situação económica do reino.
Pensa e Responde...
1. o que pensas da forma como os nossos sucessivos reis gastaram o dinheiro em Portugal?
2. Se fosses rei, no tempo de D. João V (séc. XVIII) como tinhas gasto o dinheiro vindo do Brasil?
D. José I
"D. José nasceu em Lisboa, a 6 de Junho de 1714. Era filho de D. João V, a quem sucedeu, e de Mariana de Aústria. Casou com D. Mariana Vitória de Bourbon, filha de Filipe V de Espanha, aos 14 anos de idade. Tiveram quatro filhas, uma das quais a princesa D. Maria, que iria ser a primeira rainha reinante de Portugal.
A educação de D. José foi entregue por sua mãe aos padres jesuitas da Companhia de Jesus. As preferências do rei foram desde cedo para a música e para as línguas. Falava fluentemente o ialiano, o francês e o espanhol.
D. José I teve o cognome de o Reformador devido às grandes reformas que se fizeram no seu reinado. Acabou com a escravatura em Portugal Continental e concedeu a liberdade aos índios do Brasil. Também acabou com a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos".
in História Elementar e Cronologia de Portugal, C. Figueiredo Lopes, Porto Editora